Oficina terapêutica como forma de inclusão social.

A exclusão social, pode se relacionar as questões econômicas, caracterizando-se também, pela falta de pertencimento de grupo e da falta de perspectivas e/ou dificuldade de acesso à informação. Diversos são os aspectos que fazem com que muitas pessoas busquem se abrigar na rua, as questões mais comuns podem ser decorrentes do desemprego, perda de vínculos familiares, da violência, muitas vezes na fuga da violência doméstica, da perda de algum ente querido, perda de auto-estima, álcool e outras drogas, doenças mentais que geram evasão do indivíduo com a patologia e acaba se perdendo dos familiares, como também abandono, entre outros fatores. São tantas pessoas a margens da sociedade que o Censo realizado pelo IBGE em suas pesquisas por amostragem domiciliar do mesmo Instituto não computam essa população, em função da sua falta de referência de moradia. Então as pesquisas acabam ficando por conta dos municípios ou universidades e mesmo assim são pouco os dados existentes, salientando que uma parcela desta população utiliza de forma esporádica, os abrigos e albergues disponíveis na rede de assistência social, a qual se mostra insuficiente frente à demanda existente. Neste sentido busca-se uma forma para desenvolver um tratamento para estas pessoas que seja de forma descontraída, sem o modelo clínico já conhecido, mas um tipo de tratamento que possa a partir de atividades, promoverem a transformação do indivíduo como pessoa de direitos. Nesta forma de tratamento, se encontra as oficinas terapêuticas, que são uma tentativa de desenvolver o processo de reabilitação com tarefas, ludicidade, criatividade e com processos grupais que buscam identificação, sendo que cada um tem espaço para contar sobre sua história. Neste sentido é que se buscam aparatos teóricos e técnicos para o tratamento, procurando reinventar o cotidiano dos pacientes, atendendo aos interesses políticos e à saúde pública. Realizado em grupo sob supervisão e orientação de um profissional, pode-se realizar diversos tipos de atividades, com a finalidade de integração social e familiar, desenvolvimento de habilidades corporais, práticas de atividades produtivas e a execução do exercício coletivo da cidadania, além de permitir a manifestação de sentimento.

• Alex Silveira
• Psicólogo Clinico - CRP 06/121890
•