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ALEX SILVEIRA
GERENTE
Psicólogo especialista em terapia familiar e vícios, outras terapias e serviços de alta qualidade.
Nota aos Jovens!
É comum no decorrer do desenvolvimento, principalmente
ao sair da infância para a puberdade, ocorrer conflitos de pensamentos, especialmente
no requisito de contestação das referências familiares. Na infância, os pais
e/ou cuidadores são a primeira referência de vida. As crianças observam a
dinâmica das relações dos pais ou cuidadores e aprendem por modelagem estes
comportamentos que logo passam a reproduzir. As crianças são frágeis e
necessitam na sua maior parte do tempo de cuidado e presença dos adultos, sendo
assim, sempre que há choro, logo chega a assistência do adulto para suprir uma
necessidade, seja ela fome, trocar a fralda ou resolver qualquer que seja a
questão. Nestes requisitos apresentados acima, o adulto por consequência de ter
a capacidade no mínimo que seja, de solucionar os conflitos gerado pela
criança, torna-se então, suas referências de herói, que ao longo dos anos de
sua vida, tem uma tendência de ir perdendo este papel de herói, aproximadamente
por volta dos 09 aos 13 anos de idade, quando se inicia a puberdade, ou seja,
se iniciou a adolescência. Na adolescência, se passa por um processo de
transição ao qual ocorrem diversas mudanças na vida da criança, começa a sair
pelos nas áreas intimas do corpo, pelinhos nas axilas, no menino começa a sair
bigode e aleatoriamente uns fios falhados de barba, a voz começa a apresentar
umas rouquidões. Nas meninas os seios começam a desenvolver, marcando as
camisas, inicia-se a menarca (sua primeira menstruação). Há conflitos
comportamentais de traços infantis, que se reprimi, pois, se não o fizer,
coleguinhas da escola podem “fazer piadas” e outros comportamentos mais. Neste
sentido a criança passa por diversas mudanças, inclusive na área mental, onde
passa a funcionar novas funções cerebrais, uma vez que é na adolescência que
acontecem o desenvolvimento mais rápido no lobo frontal, (área do cérebro que
está na parte da frente do crânio), pois há um aumento do crescimento dos
neurônios, que é responsável pela tomada de decisões. Assim como qualquer área
do corpo quando se está em desenvolvimento, há um processo de adaptação, por
exemplo: antes de andar, a criança primeiro engatinha, depois anda escorada nos
objetos, após este período deambula de maneira instável, até ter condições de
ter passos firmes. Desta forma ocorre também com o desenvolvimento do lobo
frontal, no início das tomadas de decisões, podemos dizer que se estaria ainda
engatinhando, por essa razão que mesmo nas racionalizações dos adolescentes
ainda pode se encontrar falta de maturidade, uma vez que está se iniciando tal
função e precisará de treinamentos, correções e experiências para a maturação.
O adolescente ao iniciar o lobo frontal, passa a racionalizar e a questionar as
coisas do mundo, sendo assim logo questionará também suas diretrizes de base,
ou seja, alguns comportamentos aprendidos por referência de seus cuidadores,
pois agora há um relacionamento fora da própria casa e há uma racionalização,
que o faz comparar e questionar “por que meu amigo pode e eu não? ”, “os pais
dos meus amigos deixam” etc...
Na cabeça do adolescente, há conflitos de
ideias constante, pois são estes conflitos que o fará se desenvolver, porém o
que pouco é pensado pelos jovens é que seus pais e/ou cuidadores também já
passaram pelos conflitos e que estes adultos são como são, devidas as
experiências que tiveram e que provavelmente, na sua maioria, foi bem diferente
do que o adolescente está vivendo hoje. A partir destas diferenças há um
conflito estabelecido entre os adultos e os adolescentes. De um lado, adultos
que tiveram experiências que não são atuais e muitas coisas mudaram, do outro
lado, adolescente que estão engatinhando na arte do pensamento. Que muitas
vezes inicia-se um cabo de guerra entre experiências vividas, versus modas
temporais. Adolescentes que brigam por querer seu espaço, que querem ser respeitados,
que tentar romper a bolha e mostrar que tem autonomia, mesmo estando
engatinhando no requisito de racionalizar, tornando-se ousado, desafiador e
muitas vezes até um pouco de teimosia.
De todos os fatores que comentei aqui, com todo
este desejo do adolescente em conquistar seu espaço, acaba passando por cima da
história de seus pais e/ou cuidadores, muitas vezes a ponto de não respeitar e
ficar se sentindo mal, não amado, tornando uma pessoa fechada dentro de casa,
pois acredita que os pais não saberão lhe compreender, mas nunca foi dado o
primeiro passo, que é tentar se aproximar dos pais sem julgamento. Levando em
consideração que muitas vezes a história destes pais em seu desenvolvimento,
foi um tanto conturbada, sem referências de amor e muito trabalho exaustivo e
que as vezes a maneira que eles têm de se comportar contigo, é o melhor que
eles têm para dar, por nunca ter vivenciado na oportunidade de ser instruído
sobre ser família, ou sobre o que é o amor. Então fica claro, muitas vezes o
adolescente que quer este amor, ou a atenção dos pais e não tem, porém se levar
em consideração que os pais também não tiveram, estaríamos falando que seria um
efeito dominó, onde é passado de uma geração para a outra, a não ser que você
quebre este ciclo, A bíblia nos ensina “conhecereis a verdade e a verdade vos
libertará” (João 8:32), poderíamos dizer que a partir deste momento,
vivenciando a reflexão por esta nota escrita, faz-se necessário usar o lobo
frontal, para muito mais do que estar disposto a racionalizar sob uma
necessidade egoísta que visa as próprias necessidades, que muitas vezes
desrespeita a história dos pais, sem conhecer sua trajetória. Compreendo que há
crianças que nunca tiveram os pais presentes, ou pais agressivos, mas se pode
quebrar o tal efeito dominó, trazendo as vontades que você tem, como
responsabilidade sua e a partir da própria mudança de comportamento ser um
instrumento capaz de produzir calor humano, e também capaz de levar aos pais,
talvez um amor que eles nunca experimentaram. Seja você o primeiro a dar o
passo das mudanças que tento almeja para sua vida.